quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Prevenção Eficaz

Um dos assuntos da moda é falar sobre eficiência e eficácia. De nossa parte torcemos para que o modismo sirva para que as pessoas entendam a importância de assimilar e por em prática estes conceitos e muito especialmente a relação viva entre os dois - afinal de contas é para isso que servem as idéias e as teorias e os profissionais não devem ficar alheios ao benefícios que algumas delas podem trazer – embora todos saibamos que algumas delas não são mais do que novos sócios do velho clube dos invencionismos que assim como surgem do nada logo desaparecem na mesma direção.

No caso especifico da questão eficiência e eficácia para nossa área este entendimento é essencial e muitos de nossos colegas deveriam analisar com imparcialidade “a quantas anda” em sua atividade profissional e especialmente nas organizações onde atuam. Isso as vezes fica meio esquecido quando trabalhamos em uma área que tem por detrás uma norma que garante a existência do profissional – mas lembrem que a existência daquela vaga não quer dizer que ela seja sua para sempre. As estruturas das organizações estão cada vez mais enxutas e com certeza as pessoas que “consegue resultados” vão ganhando espaços.

Há algum tempo ser chamando de eficiente era o máximo dos elogios. Ser eficiente é ter a capacidade de fazer certo e bem feito. Então alguém que é capaz de cumprir as formalidades é eficiente. Assim um prevencionista que é capaz de fazer um programa de segurança dentro dos parâmetros da norma é um profissional eficiente. De uns tempos para cá não basta mais ser eficiente é preciso ser também ser eficaz. 

Ser eficaz e ter a capacidade de usar a eficiência para cumprir a missão. Não basta então apenas SABER FAZER – ser eficiente – é preciso alcançar a missão – ser eficaz. Não basta ser bom chute, tem que fazer gol.

Resumindo - Eficiência é fazer alguma coisa certa, correta, sem muitos erros. Eficácia é fazer algum trabalho que atinja plenamente um resultado que se espera. É fazer "a coisa certa" , ou seja , a coisa que leveao resultado almejado.

E ai começa o problema – não só de nossa área como de muitas outras. 
A primeira parte dele diz respeito a não sabermos com clareza qual a nossa missão. Isso precisa ser bem entendido dentro da organização. Há muita confusão sobre este assunto. Isso leva que se gaste muita energia com pouca direção e geralmente está por detrás das relações onde os SESMT tem certeza que trabalham muito e ao mesmo tempo tem pouco reconhecimento.

E é muito interessante escrever sobre isso ainda mais por sabermos que em cada organização se espera do SESMT posicionamentos e ações diferentes, algo que venha se ajustar a cultura daquela empresa e por isso seja mais útil. E preciso ser eficiente na direção certa – com uma direção definida =- eis ai um bom começo para a eficácia.

Um exemplo muito interessante para esclarecer o assunto diz respeito a perfuração de um poço artesiano. Eficiência é cavar com perfeição técnica, eficácia é encontrar água. E não é difícil estender este entendimento para a realidade de nossa área onde a eficiência pode estar associada ao cumprimento da legislação mas a eficácia aos resultados práticos que este cumprimente deve obter. Isso na pratica quer dizer que boa parte de nossa gente fica mais atenta a ser simplesmente eficiente esquecendo que isso deve gerar resultados. Em tempos atuais não gerar resultados práticos é algo que pode ser fator decisivo para que alguém tão eficiente quanto você venha substitui-lo levando em conta a necessidade da eficácia.

Bons programas de segurança, procedimentos bem escritos e práticos, inspeções de segurança bem ajustadas entre outras coisas demonstram a eficiência do profissional – mas se não se capazes de atingir os resultados aos quais se propõem certamente estão muito distantes de serem eficazes. Fica claro que olhar para os RESULTADOS faz então parte da conduta da área ou do profissional que deseja estar inserido no conceito de eficaz. E este olhar para o resultado passa distante de apenas buscarmos culpados “externos” – antes – passa pela reflexão bastante detalhada da qualidade do que fazemos, da forma com que fazemos – e especialmente se isso tudo é compatível com aquilo que esperam de nosso trabalho.

Para as organizações o que interessa na verdade são profissionais que sejam capazes de a partir de sua eficiência garantir a eficácia e isso pode querer dizer muitas coisas já que nem sempre os “eficientes” programas permitem chegar a eficácia. Por isso cabe aqui a pergunta principal: sua eficiência tem cooperado para a eficácia ? 

Pouca gente se dá a este trabalho de questionar e se trancam dentro e a partir de velhos conceitos e alguns até dizem que sempre foi assim e não há nada a ser mudado. Parecem esquecer que mesmo que em velocidades diferentes tudo tende e evolução e que diante desta realidade devemos estar prontos e mais do que isso aptos e preparados para fazer frente as novas necessidades. No caso especifico da área de prevenção os erros conceituais do passado – entre eles a postura do SESMT dono da prevenção – perde espaço rapidamente para o SESMT que seja capaz de planejar a prevenção a partir de todos os gestores. De uma forma bem rude é preciso entender que o profissional que antes usava o apito para interromper o trabalho inseguro deveria hoje saber planejar o uso do apito pelas outras áreas, ate porque embora o “método do apito” se e algum momento foi eficiente – com certa raras vezes foi de fato eficaz.

Os modelos mudaram e estão mudando – e isso ocorre porque as organizações começam a buscar na eficácia um caminho para a sobrevivência.

Use sua eficiência para pensar em eficácia. Dedique um tempo para entender qual a sua missão e trabalhar para ir na direção dela. 

O que você faz vai ser muito importante se for capaz de alcançar os resultados esperados.

Cosmo Palasio de Moraes Jr.
Técnico de Segurança do Trabalho

domingo, 20 de janeiro de 2013

Guia de Análise de Acidentes do Trabalho

O objetivo deste Guia é apoiar profissionais de segurança e saúde no trabalho, na análise de acidentes do trabalho e outros eventos adversos.
São apresentadas bases conceituais e metodológicas necessárias para a compreensão dos eventos acidentários. Também são apresentados aspectos relativos à prevenção e à gestão de segurança e saúde no trabalho. 
A maioria dos eventos adversos é previsível e prevenível e, ao contrário de constituir obra do acaso, como sugere a palavra “acidente”, são fenômenos socialmente determinados, relacionados a fatores de risco presentes nos sistemas de produção. O conhecimento derivado da sua análise amplia as possibilidades de prevenção.
Essa publicação foi elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 2010, com a colaboração dos instrutores do Curso de Análise de Acidentes de Trabalho do Projeto Sirena – Sistema de Referência em Análise de Acidentes de Trabalho, coordenados pelos Auditores -Fiscais do Trabalho Ivone Corgosinho Baumecker, Mauro de Andrade Khouri e Viviane de Jesus Forte.
Esse guia está disponível no site do MTE, abaixo segue o link da publicação onde se pode fazer o download do material.


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

COMO ESCREVER PROCEDIMENTOS


Uma das tarefas mais comuns executadas pelos profissionais do SESMT é escrever procedimentos. Isso na verdade é quase uma atribuição visto que a legislação determina que cabe ao empregador informar os riscos e emitir ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho e este – nas empresas onde existem profissionais de segurança e saúde do trabalho – vale-se do mesmo para a elaboração dos procedimentos.

Quem atua diretamente na área de prevenção de acidentes sabe da importância dos procedimentos. Na verdade a maior parte da cultura prevencionista brasileira veio destes documentos – escritos ao longo dos anos nos mais diversos locais de trabalho e que pouco a pouco vieram ganhando espaço e alguns deles até mesmo servindo como base para as normas oficiais e técnicas. 

Tempos depois com a chegada da “onda da qualidade” o escrever procedimentos tornou-se uma febre que muitas vezes tendenciou ao exagero. Equivocadamente muitas empresas entenderam que escrevendo estariam atendendo as normas ou pelo menos os auditores. Recentemente um dos órgãos responsáveis por uma destas normas alterou substancialmente o sentido da norma e dentre os objetivos – para esta mudança – certamente o coibir o excesso de papel e valorizar a prática – foi levado em conta.

Atualmente, com o despertar para os Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde – temos visto ocorrer a mesma coisa em muitas empresas. Isso sem falarmos na fobia pela obtenção de evidências documentais que ao longo da última década fez com que pilhas e mais pilhas de documentos (procedimentos, instruções, autorizações, etc) fossem sendo desenvolvidos e emitidos pelos SESMT. Entendo, que se por um lado isso contribuiu de alguma forma para formação de conhecimento em nossa área, ao mesmo tempo, tornou-a também um tanto quanto burocrática demais e assim um pouco mais distante da sua real finalidade. Como em tudo na vida – buscar a dose certa parece ser recomendável. 

Com este artigo tencionamos fornecer linhas básicas que permitam ao colega de prevenção desenvolver procedimentos de uma forma mais padronizada. Para isso primeiro precisamos entender o que é um procedimento de segurança, ou seja – PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA É UMA SÉRIE DE AÇÕES QUE DEVEM SER SEGUIDAS PARA REALIZAR UMA ATIVIDADE DE TAL FORMA QUE ESTA NÃO CAUSE DANOS AO SEU EXECUTOR OU A TERCEIROS 

Um ponto essencial a ser observado com relação aos procedimentos é saber se de fato há necessidade de que ele seja escrito. Parece obvio, mas não é. Em muitos lugares de trabalho é comum observarmos aquelas rechonchudas pastas que servem não mais do que objetos de decoração. Precisamos levar em conta algumas coisas da cultura brasileira, a primeira delas e que grande parte de nosso povo não tem o hábito de ler. Assim, o melhor procedimento do mundo torna-se o mais inoperante também. Tenho visto por ai verdadeiros tratados, bem escritos, bem ilustrados e trabalhados, mas que jamais foram capazes de chamar a atenção dos seus reais usuários. Portanto, é preciso definir com clareza quais operações ou ações carecem realmente de procedimentos. Escrever por escrever ou para atender qualquer exigência é perda de tempo e de recursos. Um bom método para discutir a real necessidade é discutir o assunto com um grupo, do qual obrigatoriamente devem fazer parte as pessoas as quais se destinam o procedimento a ser feito.Neste debate devem ser avaliados diversos pontos, entre eles a complexidade da atividade a ser executada, as implicações e conseqüências de uma desvio em alguma das fases, etc.

Escrever procedimentos deve sempre ser trabalho de equipe. Por mais trabalhoso que seja – o desenvolvimento conjunto implica numa espécie de compromisso por parte dos envolvidos o que já é um bom ponto de partida para a futura implantação. Obviamente desta equipe deve fazer parte o especialista em segurança e saúde no trabalho – não para posar como autoridade – mas para garantir que o texto esteja de acordo com as normas oficiais e técnicas. Sempre deve ser priorizada a iniciativa dos demais participantes, pois estes detêm a informação prática e também serão os que seguirão o que for definido. Grande parte do insucesso das normas diz respeito a forma vertical com que são elaboradas e implantadas – ou melhor – impostas.

Da equipe devem fazer parte representantes das áreas envolvidas na situação a ser normalizada. É comum notar que muitas equipes contam apenas com homens de produção deixando de lado por exemplo os integrantes da manutenção. Isso muitas vezes acaba inclusive implicando na geração de mais de um procedimento para o mesmo assunto – o que torna a situação ainda mais complexa e de difícil atendimento. Um bom procedimento deve contemplar todas as fases. Uma dica para a checagem quanto a isso é usar as cinco variáveis do processo (mäo de obra, máquinas, meio ambiente, método e materiais). Olhando-se assim, por exemplo podemos começar pelas necessidades da mão de obra envolvida (exames específicos, treinamentos, pausas, etc). Logo em seguida podemos focar a questão das máquinas e equipamentos (manutenções, preventivas, EPC, limpeza, etc). Passando ao meio ambiente podemos definir as questões de controles ambientais aplicáveis. Indo ao método podemos definir itens importantes para a segurança e ergonomia. Quando chegarmos aos materiais podemos definir inspeções prévias, aprovações para o caso de produtos químicos, etc.

Um ponto importante também a ser observado e a questão de possíveis pontos inter áreas ou departamentos. Não é incomum que situações de risco ou perigo sejam gerados em operações feitas em áreas anteriores do processo e que isso não esteja contemplado no estudo para elaboração ou mesmo no próprio procedimento. Quando este for o caso é essencial envolver no desenvolvimento do procedimento pessoas de outras áreas. Sempre – a difusão e debate sobre os riscos será muito favorável, mesmo que por fim opte-se por não emitir um procedimento.

Um procedimento que surja da real necessidade e que esteja escrito em linguagem acessível e a partir do debate com o envolvidos é sem sombra de dúvida um forte elemento prevencionista – além de ser um documento pleno caso seja preciso demonstrar gerenciamento de segurança para dado assunto. Quando há consciência quanto a real utilidade dos procedimentos estes melhoram em muito a comunicação e minimizam a ocorrência de enganos e falhas.

PROCEDIMENTOS NA PRÁTICA:

Vamos seguir agora passo a passo um roteiro para o desenvolvimento de um procedimento.:

1) Formação de um Grupo de Trabalho

Como já foi dito acima deverá ser composto conforme o assunto a ser tratado. Essencialmente devem fazer parte os representantes do SESMT, da manutenção, da produção e todas as demais áreas que tenham envolvimento com o problema e principalmente com a solução.

Ao formar a equipe – para agilizar os trabalhos – devem ser definidas algumas regras. A primeira delas diz respeito a duração das reuniões, que sugerimos jamais passe de 60 minutos.

Deve-se também definir um líder para orientar os trabalhos e se possível escolher alguma metodologia ou ferramenta para pelo menos no inicio garantir um formato lógico ao debate.

02) Discutir a intenção

É um bom começo – ou seja – fazer ou não um procedimento ? Este procedimento contribuirá para melhoria ? Será possível cumpri-lo ? enfim, conforme a realidade de cada empresa ou assunto.

03) Definir o alcance

Trata-se de uma parte bastante interessante. Cabe aqui a sensatez de notar os limites do grupo e sua ação, se este foi designado pela direção, etc.

Neste ponto é essencial que representantes de todas as áreas a serem alcançadas participem do debate. É muito ruim a cultura de elaborar procedimentos para que os outros cumpram sem que ao menos sejam consultados. Se o procedimento tiver alcance corporativo é preciso discuti-lo com responsáveis por outras fábricas/Unidades/Plantas.

04) Definir o objetivo

Agora que já temos uma equipe de trabalho, a certeza da necessidade do procedimento e o alcance do mesmo, vamos definir o foco do procedimento. Veja que este ponto é de suma importância pois é a partir da clareza deste que teremos ou não um procedimento acessível e interessante. Deve-se evitar a difusão de assuntos e temas, buscando a especificidade que no entanto, contemple todas as fases do processo ou ação.

Daqui sairemos com a definição “Procedimento para......

05) Descrição do procedimento

É a alma do trabalho. Na minha forma de trabalhar recomendo que seja trazido para a reunião uma bem elaborada análise de riscos do processo, operação ou ação que será objeto do procedimento. Neste momento não deve ser apresentado ao grupo as medidas de segurança propostas pois este irá discuti-las na seqüência. O profissional de segurança e saúde deve no entanto manter junto a si as necessidades mínimas e no futuro debate intervir sutilmente quando notar que algo ficou de fora. Com ela em mãos transcrever todas as fases num quadro e discutir exaustivamente com o grupo tanto a seqüência como cada uma das fases. Recomendo que esta fase do trabalho seja feita em mais de uma reunião – ou em quantos forem necessárias conforme a dimensão do estudo.

Nesta fase a participação do Líder do grupo é fundamental e será decisiva para obtenção de um número maior de informações fornecidas pelos participantes. 

Concluída a parte de definição das fases e hora de discutir as medidas de segurança. Por experiência própria posso dizer que este momento geralmente é surpreendente para nós que somos da área, pois as medidas propostas geralmente alcançam o mais alto nível e muitas vezes excedem nossas expectativas. Além disso o debate favorece o desenvolvimento da cultura e questionamento da prevenção e como já foi dito anteriormente – traduz-se em compromisso futuro.

Neste ponto é importante zelar pela simplicidade da linguagem. Há toda uma tendência de “escrever difícil para ficar bonito” – procedimento não é poesia !

06) Definir Responsabilidades

Já definimos acima o que deve ser feito, aqui iremos definir por quem será feito. Cuidado especial ao atribuirmos responsabilidades a funções ou áreas ausentes ou mesmo responsabilidades a funções/áreas que não tenham funcionalmente como assumi-las.

07) Citar referências

O procedimento ganhará força ou possibilitará consultas a fontes mais detalhadas quando citarmos as referências utilizadas para sua elaboração.

08) Glossário

Quando for impossível evitar termos técnicos ou que não seja usuais pelos empregados é essencial colocarmos um glossário contendo as palavras e termos que possam ser motivo de duvida.

09) Distribuidor

É preciso dizer quem irá receber o procedimento, geralmente feito pelas funções (Gerentes, Supervisores, Operadores, etc – desta área, ou de todas as áreas ou todas as fábricas, enfim, cada realidade é uma realidade diferente)

10) Anexos

Se há necessidade de planilhas, quadros, desenhos anexos, os mesmos devem ser citados no próprio procedimento em campo especifico.

11) Data de emissão/Responsável pela emissão/Data revisão

Todo procedimento deve ser datado e quando atualizado constar a data de revisão. Deve também ter o nome do(s) responsável(is) pela elaboração/revisão. 

OUTRAS RECOMENDAÇÕES

Escrito o procedimento é preciso agora pensar em duas coisas. Primeiramente na forma de distribuição. Difícil definir aqui uma forma única que se aplique a empresas que tenham 50 empregados e outra com 20 mil. Uma coisa é certa: deve ser feita contra assinatura. Hoje em dia, com o uso de meios de informática é comum vermos empresas onde a divulgação de procedimentos é feito via intranet. Acho interessante a modernidade, mas bem sei que nem todos acessam a intranet e que em muitas empresas nem mesmo a disponibilidade de terminais para todas as pessoas. Vale aqui citar que o desconhecimento de um procedimento de segurança muitas vezes e em certos casos pode significar perdas de vidas humanas. Portanto, não confie tanto na modernidade ainda engatinhando em muitas empresas. Um outro bom motivo para ter uma lista de assinaturas é poder depois enviar as atualizações caso sejam necessárias e ter certeza através que todos irão recebe-la.

Também não podemos deixar de pensar na implantação: isso mesmo: alguns procedimentos carecem de ações especificas para implantação, que vão desde simples reuniões até – em alguns casos mais complexos e bem sucedidos – apresentações teatrais. Fica claro que transferir informação para alguém carece de cuidados que devem ser bem analisados e talvez nestes residam os bons resultados.

Bem, de forma geral era isso que tinha a dizer. Espero que tenha contribuído para o desenvolvimento de bons procedimentos que com certeza irão contribuir para o desenvolvimento da prevenção de acidentes.

Cosmo Palasio de Moraes Jr.
Técnico de Segurança do Trabalho.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DE AGENTES AMBIENTAIS

Para efetivamente reduzir os inaceitáveis índices de acidentes e doenças do trabalho no País, é preciso agir com competência técnica e de maneira regular em cada ambiente laboral onde existam perigos, sejam eles provocados por agentes físicos, químicos, biológicos, mecânicos ou situações ergonômicas.
O Departamento Nacional do SESI apresenta esta publicação, Técnicas de Avaliação de Agentes Ambientais — Manual SESI, escrito pelos professores Mario Luiz Fantazzini e Maria Cleide Sanchez Oshiro, em iniciativa estruturada pela Gerência de Saúde e Segurança do Trabalho. 
Trata-se de um texto preciso e detalhado construído no campo especializado da higiene ocupacional. Seus grandes capítulos — a exposição ao calor, as condições de iluminamento, o tratamento das radiações não ionizantes, a avaliação do ruído e das vibrações, a exposição a agentes químicos — têm uma abordagem centrada fundamentalmente no dia-a-dia do setor industrial. Ao ensinar a melhor forma de identificar eventuais problemas, o SESI facilita, em muito, a tarefa dos profissionais prevencionistas na busca de soluções adequadas para que tornem seus ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis. Para acesso ao material clique no link abaixo.


Informativo de Segurança para usar na empresa



quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Falta de governança e anistia para o maior desmatamento da Amazônia



Há sete anos, Leo Andrade Gomes foi considerado o indivíduo que mais desmatou a Amazônia, depois que 12.500 hectares de floresta foram derrubados na fazenda que estava em seu nome, no Pará. Após essa e outras infrações, veio a conta: mais de R$ 18 milhões em multas ambientais. E por que essa notícia agora, em 2012? Porque desde essa época, o governo não sabe de Leo: seu CPF foi cancelado pela Receita Federal e ele nunca foi encontrado pelo Ibama. Se está foragido ou se é um ‘fantasma’, ninguém sabe. Mas uma coisa é certa: sua multa será perdoada pelo novo Código Florestal.
Aprovada em maio deste ano após uma pesada investida da bancada ruralista, a nova lei manteve a anistia a quem desmatou sem autorização até o ano de 2008. No caso de Leonardo, bastaria que ele se inscrevesse no Programa de Regularização Ambiental, criado pelo governo, e recuperasse as Áreas de Preservação Permanente (APP) e pronto: a dívida de R$ 18 milhões sumiria para sempre de sua vida.
“O caso ilustra bem o resultado do processo atropelado do Código Florestal: o crime compensou”, diz Danicley de Aguiar, da campanha Amazônia do Greenpeace. “Quem desmatou será premiado às custas do dinheiro público, e isso é uma sinalização clara de que, no Brasil, vale a pena passar por cima das leis”.
A novela da desgovernança
O caso de Leo, porém, está longe de ter um ponto final. Quando seu nome despontou no ranking dos desmatadores do Ministério do Meio Ambiente e a multa milionária chegou, um advogado encaminhou, em nome do acusado, uma defesa ao Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). No documento, ele alega que na época do desmatamento Leo ainda não era proprietário da fazenda Cachoeira Alta, onde ocorreu a infração, e sim a senhora Elizabete Guimarães.
Também em nível federal, Elizabete defendeu-se da mesma forma: apresentou certidão de compra e venda, apontando que Leo já era dono da propriedade quando o desmatamento de 12 mil hectares foi feito. O jogo de empurra continuou sem solução, e a multa acabou ficando para o fazendeiro, que nunca pagou um centavo. Cinco anos depois, em setembro de 2011, porém, Elizabete recebeu da Secretaria de Meio Ambiente do Pará uma Licença de Atividade Rural para uma fazenda de mesmo nome – Cachoeira Alta. A fazenda, afinal, é dela? E a multa? Ninguém conseguiu decifrar. Tampouco o governo. 
Essa história evidencia não só a impunidade que corre solta na Amazônia. Mostra, também, a ausência, descontrole e falta de coordenação do Estado brasileiro na região. “Uma lei do desmatamento zero pode mudar a forma como o Brasil olha para a sua floresta. O país já desmatou mais do que o suficiente par se desenvolver, e agora tem a chance de mostrar ao mundo que consegue continuar crescendo, mas sem dizimar suas ricas florestas e fazendo um uso sustentável delas”, afirma Aguiar.
Fonte: Greenpeace Brasil

Brasileiros pagam mais por energia poluente


Diante do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas do país, as termelétricas têm sido a tábua de salvação do governo para evitar um novo apagão no país. Mas a conta para acionar emergencialmente essas usinas é salgada: superam os R$ 500 por MWh, valor muito superior aos R$300/MWh da geração fotovoltaica ou R$100/MWh da eólica. Trocando em miúdos, os brasileiros vão pagar muito mais caro para gerar uma energia fóssil e poluente.

“Em tese, cada real gasto para operar as usinas térmicas poderia nos fornecer 60% a mais de energia solar ou cinco vezes mais em energia eólica”, calcula Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
A despesa das termelétricas vem do uso adicional de combustíveis fósseis – óleo combustível, diesel e gás natural – e gera muito mais impactos ambientais, com elevadas emissões de gases estufa e uso intensivo de água.
De outubro a janeiro, o custo das térmicas já chega a R$ 1,6 bilhão – prejuízo que será repassado ao bolso dos consumidores. Caso esse mesmo montante tivesse sido utilizado na construção de parques eólicos, 450 MW de energia limpa e renovável teriam sido acrescentados na matriz elétrica do país, suficiente para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes.
O mesmo investimento teria permitido instalar 300 MW em sistemas solares, outra forma renovável de energia, abundante o ano inteiro em todo território brasileiro.
“Isso é uma demonstração clara de que a falta de uma política mais ousada para desenvolver o setor de renováveis no Brasil já extrapolou a questão ambiental para se tornar uma questão estratégica para o país.”
“O Brasil deu passos importantes para disseminar o uso de renováveis, a exemplo da aprovação recente da microgeração. Porém, a medida ainda não veio acompanhada de uma política de subsídios para a indústria de painéis fotovoltaicos ou de financiamentos para a instalação de sistemas domésticos. Sem isso, perdemos a oportunidade de estimular o mercado, gerar empregos verdes e qualificados, e garantir um desenvolvimento mais sustentável.”
Fonte: Greenpeace Brasil

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

domingo, 13 de janeiro de 2013

Segurança Química - Diamante de Hommel

Informações para o preenchimento do Diamante de Hommel (ou Diamante do Perigo) 

Os números necessários para o preenchimento do Diamante de Hommel variam de 1 a 4 conforme os riscos apresentados pela substância química perigosa, podendo também constar no diagrama os riscos específicos dessa substância:


Riscos à Saúde
4 – Substância Letal
3 - Substância Severamente Perigosa
2 - Substância Moderadamente Perigosa
1 - Substância Levemente Perigosa
0 - Substância Não Perigosa ou de Risco Mínimo 


Riscos Específicos 
OXY – Oxidante Forte
ACID – Ácido Forte
ALK - Alcalino (Base) Forte
COR - Corrosivo
W - Não misture com água

Inflamabilidade
4 - Gases inflamáveis, líquidos muito voláteis (Ponto de Fulgor abaixo de 23ºC)
3 - Substâncias que entram em ignição a temperatura ambiente (Ponto de Fulgor abaixo de 38ºC)
2 - Substâncias que entram em ignição quando aquecidas moderadamente (Ponto de Fulgor abaixo de 93ºC)
1 - Substâncias que precisam ser aquecidas para entrar em ignição (Ponto de Fulgor acima de 93ºC)
0 - Substâncias que não queimam 


Reatividade 
4 - Pode explodir
3 - Pode explodir com choque mecânico ou calor
2 - Reação química violenta
1 - Instável se aquecido
0 - Estável



Os números necessários para o preenchimento do Diamante de Hommel encontram-se disponíveis para consulta no endereço: www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/classificacaonfpa.pdf
ou qualquer outro site ou livro que contenha fichas FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico), também chamadas de fichas MSDS (Material Safety Data Sheet). 

Exemplo de preenchimento 
Em um frasco de Acetonitrila (Azul=2, Vermelho=3 e Amarelo=0), constata-se através desses números que a substância mais perigosa delas é a Acetonitrila e os números com os quais deve ser preenchido o Diamante são os referentes a essa, mesmo que esteja presente em menor quantidade no frasco. Como a Acetonitrilanão possui riscos específicos, o Diamante deve ficar da seguinte forma:


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

CFQ define atribuições do TST na área da Química

Brasília/DF - O Conselho Federal de Química publicou no Diário Oficial da União de 26 de dezembro de 2012 a Resolução Normativa n° 248, de 20 de dezembro, que define as atribuições profissionais do Técnico em Segurança do Trabalho na área da Química.

De acordo com o texto, são atribuições dos TSTs, na área da Química registrados em CRQs, as atividades de levantar dados técnicos relativos às áreas insalubres e de periculosidade, enviando relatórios consubstanciados para as providências cabíveis em cada caso; sugerir aos seus superiores as medidas de segurança que entenderem necessárias para a neutralização dos riscos decorrentes; e participar da execução dos planos de combate a incêndios e do sistema de ventilação em ambiente de trabalho, e das políticas de prevenção na área da Segurança do Trabalho, orientando os trabalhadores quanto aos riscos químicos de modo a evitar as doenças profissionais.

Fonte: Redação Revista Proteção

Como funciona o SAMU

A resolução do governo de São Paulo que proibiu a polícia de socorrer feridos em ações criminosas terá um impacto direto na carga de trabalho das equipes de paramédicos. Na maior cidade do Brasil, o repórter Cesar Galvão mostra como funciona o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu. Clique aqui

Fonte: Jornal Nacional

sábado, 5 de janeiro de 2013

Plantando uma árvore

É possível saber quantas árvores um cidadão deve plantar anualmente para compensar suas emissões de CO² na atmosfera.

O site "iniciativa verde" tem uma especie de calculadora onde pode verificar o número de árvores que você deveria plantar no ano. Clique no link abaixo e confira.