segunda-feira, 24 de março de 2014

Vídeo para treinamento em Percepção de Risco

A Percepção de Risco é a capacidade da pessoa de reconhecer as situações ou condições que a expõem a riscos no ambiente de trabalho, bem como de identificar a frequência na qual ela está exposta ao perigo determinado pelo risco e quantificar a intensidade dessa exposição. 

A Percepção de Risco deve ser treinada para que trabalhadores possam identificar facilmente os perigosos em suas atividades, e consequentemente evitar o acidente de trabalho.

O link abaixo é um vídeo para treinamento de Percepção de Risco.


Check-list para Escada Portátil





Fim do Ato Inseguro

Através da Portaria 84/09 o Ministério do trabalho corrigiu um antigo erro. A expressão "ato inseguro", contida na alínea "b" do item 1.7 da NR 1, foi retirada da regulamentação, assim como os demais subitens que atribuíam ao trabalhador a CULPA PELO ACIDENTE DE TRABALHO. 

O novo texto esclarece a possibilidade da divulgação de ordens de serviço sobre SST por meios alternativos como por exemplos, cartazes, comunicados e meios eletrônicos.


A aprovação desta alteração representa a descontrução das práticas de atribuição de culpa as vítimas de acidentes. "Não se trata apenas de uma mudança restrita aos instrumentos legais". Isso significa que o MTE retomou seu trabalho de incentivo a prevenção de acidentes.

domingo, 18 de agosto de 2013

Entenda o que é hipertensão.

hipertensão é uma doença de escalas globais, mata 7,6 milhões de pessoas em todo mundo anualmente.
As declarações da OMS estimam que a hipertensão atinge, agora, 1 em cada 3 pessoas no mundo, mais de 2 bilhões de pessoas. Para conhecer mais sobre hipertensão assista o vídeo abaixo.

Fonte: criasaúde.com.br


ROPS/FOPS seu significado.

Cabines ROPS / FOPS e a segurança do operador
Você já deve ter lido ou ouvido falar sobre cabines ROPS e FOPS, muito populares nas máquinas atualmente, porém, sabe o que isto significa? Sabe da importância destes termos referentes a capota de sua máquina de terraplenagem, mineração ou demolição? Pois é, estamos publicando este artigo para orientá-los sobre esta questão envolvendo capotas de máquinas.
Quando um fabricante projeta a cabine de uma máquina, o principal objetivo é a segurança do operador e em seguida seu conforto. Para garantir a segurança cada máquina ou equipamento para construção, mineração, demolição, terraplenagem ou seja qual for o segmento, tem que ter uma cabine apropriada de acordo com o tipo de trabalho e de máquina, assim como seu peso e as condições do local onde será empregada.
Cabines COPS ou TOPS
As cabines de máquinas mais modernas, fabricadas a partir de meados do final da década de 80, em sua maioria já são consideradas OPS (Operator Protective Structure ), estruturas de proteção do operador, projetadas para mantê-lo em segurança no caso de acidentes. Tais estruturas são chamadas de COPS (Cabin Operator Protective Structure ) que significa Estrutura de Proteção da Cabine do Operador ou TOPS (Tip Over Protective Structure ) traduzido como Estrutura de Proteção de Tombamento .
Estas cabines COPS ou TOPS, como o próprio nome já deixa claro, são concebidas com o objetivo de reduzir a possibilidade de um operador usando cinto de segurança e em posição de condução ser prejudicado ou ferido em caso de capotamento, protegendo-o até mesmo de objetos que possam entrar na cabine e atingi-lo. Elas recebem diferentes denominações como ROPS, FOPS, TOPS e/ou FOG de acordo com o tipo de proteção fornecido.
Cabines ROPS
ROPS é a abreviação do termo em inglês Roll Over Protective Structure que significa Estrutura Protetora contra Capotamento , logo, se deduz que uma cabine ROPS é a certeza de que o operador estará seguro em caso de capotamento. Se o mesmo estiver fixo em seu assento através do cinto de segurança, os traumas decorrentes de um capotamento serão nulos ou mínimos.
Cabines FOPS
FOPS também é uma abreviação de um termo em inglês, desta vez, Falling Objects Protective Structure que significa Estrutura com Proteção contra Queda de Objetos. Esta designação garante a proteção do operador em caso de queda de objetos durante a operação da máquina, como em carregamentos por exemplo. As cabines FOPS também podem receber a classificação FOG (Falling Object Guard ), ou seja, possuir Grade de Proteção contra Quedas de Objetos .

Conclusão: Segurança em primeiro lugar!
Embora não tenha sido sempre assim, temos que concordar que as empresas precisam dar mais valor à pessoa do que ao mercado. Muito mais importante do que qualquer nível de produção ou lucratividade é a vida e bem-estar do operador. Por isso, pense bem na hora de adquirir um novo equipamento, desde as menores mini-carregadeiras até as maiores escavadeiras hidráulicas, na segurança que o fabricante transmite e que o equipamento oferece.

Dê preferência à cabines com boa visibilidade, conforto e principalmente que atendam à normas de segurança internacionais (ISO) classificadas como ROPS, FOPS, FOG e tantas outras de acordo com a sua necessidade.

sexta-feira, 29 de março de 2013

LER/DORT

LER/DORT, sigla para Lesões por Esforços Repetitivos (LER), ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) é uma doença ocupacional responsável pela maioria dos afastamentos em empresas do país. Em entrevista com a médica, pesquisadora da Fundacentro e co-autora do Protocolo de LER do Ministério da Saúde, Maria Maeno, fala sobre essa síndrome: 

Dra. Maria Maeno - Sempre é melhor prevenir qualquer doença. Mas se não conseguirmos prevenir a ocorrência de uma doença, temos que nos esforçar para prevenir agravamentos e repercussões sobre a vida da pessoa, seja no aspecto pessoal seja no aspecto profissional.

Quais são os profissionais com maior risco de ter a doença?

Um estudo da Previdência Social concluiu que centenas de ramos econômicos são relacionados com os transtornos musculoesqueléticos, dentre os quais as LER/DORT. Esse estudo resultou numa decisão importante da Previdência Social, que por meio de uma mudança legal, acrescentou o critério epidemiológico para estabelecer o nexo causal entre um adoecimento e o trabalho. Essa mudança, em vigor desde 2007, teve um papel importante para diminuir a subnotificação das doenças ocupacionais. Muitos estudos envolvem bancários, caixas, operadores de teleatendimento, montadores, embaladores, profissionais de saúde, professores, etc.

Quais são os principais sintomas?

Os sintomas são dor, formigamento, dormência, choque, fadiga. Inicialmente aparecem esporadicamente durante a jornada de trabalho, depois duram toda a jornada, depois invadem os momentos de lazer e repouso, finais de semana, férias, até se tornarem crônicos.

E o que o trabalhador deve fazer ao perceber que está com alguns desses sintomas?

Os trabalhadores com sintomas devem procurar os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e também os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador de sua região, que poderão orientá-los quanto à rede de tratamento. Em todas as regiões do país há um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador.

Como o Brasil encara atualmente a LER/DORT? Há uma conscientização da sociedade?

Eu pergunto: como a sociedade vê as doenças relacionadas ao trabalho? Algumas convicções são muito fortes na população e são fomentadas por determinados segmentos sociais. Uma delas é a de que quem quer ter saúde tem. Daí, as campanhas para a alimentação balanceada, para os exercícios físicos. Não hã divergências sobre os benefícios de uma alimentação balanceada. A questão é: como é que a maioria população pode ter acesso a essa alimentação balanceada? O mesmo digo para os exercícios físicos. É preciso também que as pessoas tenham acesso efetivo. No mundo do trabalho não se tem autonomia para trabalhar num ritmo adequado, ou de maneira diferente, além dos trabalhadores serem pressionados para atingir metas inalcançáveis. Portanto, o poder de não adoecer não está nas mãos do trabalhador e sim nas da empresa. Outra convicção forte é a de que algumas doenças são inerentes a determinadas funções e isso não deveria ser aceito pela sociedade

E a outra convicção é a de que, sendo informado ou capacitado ou treinado, pode-se evitar as doenças. Os trabalhadores podem ser informados e capacitados, mas as exigências do trabalho acabam fazendo-o adoecer. Assim, o objeto das ações do poder público deve ser o das condições e da organização do trabalho e não na capacidade individual de resistir ao adoecimento.

O Ministério da Saúde determinou que 11 agravos ocupacionais são de notificação compulsória ao Sistema de Informação dos Agravos de Notificação (SINAN), assim como outras tradicionalmente notificadas: sarampo, tétano, coqueluche, meningite, etc. Para isso publicou protocolos de diagnóstico e notificação. A Fundacentro fez um vídeo que informa sobre procedimentos para notificação ao SINAN, que ficará no portal da instituição. O Ministério do Trabalho e Emprego publicou normas referentes aos caixas e teleatendimento. Essas são algumas das ações positivas do poder público. 

Fonte: Blog do Trabalho

Projetos para acesso a água potável no mundo.


Em 1993, a Assembleia Geral das Nações Unidas definiu o dia 22 de março como o Dia Mundial da Água. Desde então, a data é um estímulo à realização de atividades concretas em diversos países, com o objetivo de difundir a importância desse recurso e as formas de conservá-lo.
Este ano, a ONU-Água encarregou a UNESCO de organizar os preparativos para a data, cujo tema deste ano é “Cooperação na Esfera da Água”, representando a importância da união entre os países para enfrentar os desafios do aumento da demanda por esse recurso, sua justa distribuição e saneamento.
Em concordância com o tema, listamos abaixo quatro projetos bem-sucedidos, que há vários anos trabalham para fornecer água potável para a populações de regiões carentes.

Fundada em 2008, em Oklahoma, Estados Unidos, essa instituição visa facilitar o acesso à água potável em zonas de risco e regiões empobrecidas por meio de uma tecnologia de baixa complexidade e custo. Ela consiste em uma bomba manual de extração de água que é instalada em poços artesanais, denominada Access 1.2 (uma referência ao número de pessoas – 1,2 milhão – que não têm acesso à água potável no mundo).
A Water4 também transfere o conhecimento, ensinando a população local a usar, fabricar e instalar as bombas com materiais que fácil obtenção. Dessa maneira, é possível melhorar a qualidade da água, aumentar a autonomia e ainda gerar uma fonte de renda para a população da região assistida.
Desde sua criação, a Water4 já ajudou mais de 150 mil pessoas em 30 países, como Haiti, Serra Leoa, Uganda, Nicarágua e Ruanda. Para continuar com o trabalho, a instituição aceita contribuições particulares.

Charity:Water
Esta organização sem fins lucrativos se propõe a levar água limpa a regiões carentes localizadas em países subdesenvolvidos. Para isso, criou uma série de tecnologias que são adaptadas às necessidades locais. Por exemplo, em regiões onde não existe água subterrânea, a Charity:Water ajuda a instalar sistemas de coleta de água da chuva e filtros biológicos de areia; já nos locais onde o lençol freático está perto da superfície, voluntários escavam poços manualmente para viabilizar o acesso à água.
A Charity:Water sustenta seu trabalho com contribuições públicas de diversas fontes: doações diretas, patrocínio de projetos em comunidades, escolas ou centros de saúde, e venda de produtos.
Outra iniciativa engenhosa é sugerir aos apoiadores que renunciem a seus presentes de aniversário, pedindo em seu lugar que amigos e parentes doem uma pequena quantia para a Charity: Water. Em 2011, a ação ganhou visibilidade com a participação do astro pop Justin Bieber.

Water.org

A missão da ONG fundada pelo ator Matt Damon e por Gary White é levar água potável a centenas de comunidades na África, Ásia, América do Sul e América Central, facilitando o acesso e o saneamento básico em regiões carentes.
A Water.org trabalha com parceiros locais para oferecer soluções inovadoras de acordo com as necessidades de cada comunidade. Assim como a Water4, um de seus fundamentos é transmitir conhecimentos. Por esse motivo, a tecnologia aplicada em uma comunidade específica é definida meio de um estudo, que indica a melhor opção; a manutenção de longo prazo é realizada pela população local.
A ONG implementa diferentes projetos em todo o mundo, inclusive em países da América Latina, Haiti, El Salvador, Holduras e Guatemala. Todos são sustentados por doações, venda de produtos e apoio de novos membros da equipe.

Energía sin fronteras

Sob o lema “Energia e água para o desenvolvimento”, essa organização espanhola instala sistemas de eletrificação, captação, tratamento e abastecimento de água potável em comunidades rurais isoladas na África Subsaariana, América Central e regiões andinas.
Atualmente, mais de 22 mil pessoas em dez países são beneficiadas por mais de vinte e cinco projetos de fornecimento de água potável e eletricidade, implementados pela ONG desde 2004, em parte graças a doações dos Amigos da Energía Sin Fronteras e ao trabalho de voluntários.
Fonte: TreeHugger Brasil

Qual é sua opinião sobre o trabalho dessas instituições? Escreva seus comentários abaixo.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Reciclagem do Lixo

LIXO ELETRÔNICO é todo resíduo material produzido pelo descarte de equipamentos eletrônicos. Com o elevado uso de equipamentos eletrônicos no mundo moderno, este tipo de lixo tem se tornado um grande problema ambiental quando não descartado em locais adequados. 


Exemplos de lixo eletrônico: 

- Monitores de Computadores
- Telefones Celulares e baterias
- Computadores
- Televisores
- Câmeras Fotográficas
- Impressoras

Problemas causados pelo descarte inadequado

- Este descarte é feito quando o equipamento apresenta defeito ou se torna obsoleto (ultrapassado). O problema ocorre quando este material é descartado no meio ambiente. Como estes equipamentos possuem substâncias químicas (chumbo, cádmio, mercúrio, berílio, etc.) em suas composições, podem provocar contaminação de solo e água. 

- Além do contaminar o meio ambiente, estas substâncias químicas podem provocar doenças graves em pessoas que coletam produtos em lixões, terrenos baldios ou na rua. 

- Estes equipamentos são compostos também por grande quantidade de plástico, metais e vidro. Estes materiais demoram muito tempo para se decompor no solo. 

Onde Jogar? Descarte correto.

Segue lista de locais de descarte de lixo eletrônico em diversos estados do Brasil:

    ESTADO                                      ONG                                      SITE
Rio de Janeiro                Instituto Geração da Hora-Fábrica Verde    geracaodahora.org.br/
Pernambuco/Recife      Pernambuco Verde                                          pernambucoverde.com.br/
Paraíba                           RCTEC - Resíduos Eletrônicos                      rctecresiduos.com.br/ 
Bahia                              Programa Onda Digital                                   wiki.dcc.ufba.br/OndaDigital
Minas Gerais                CRC BH Digital                                                E-mail: crc.bhdigital@pbh.gov.br
Rio Grande do Sul       Cesmar                                                              maristas.org.br
Distrito Federal           CRC Gama                                                        crcgamadf.org.br
São Paulo                     Instituto Sergio Motta e Secretaria             e-lixo.org
                                      Estadual do Meio Ambiente
Diversos Estados       Central de Reciclagem                                  centraldareciclagem.org/


Você sabia? 

- Cerca de 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são gerados por ano no mundo.

- Entre os países emergentes, o Brasil é o país que mais gera lixo eletrônico.

- A cada ano o Brasil descarta: cerca de 97 mil toneladas métricas de computadores; 2,2 mil toneladas de celulares; 17,2 mil toneladas de impressoras. 
Fonte: Pnuma - Programa da ONU para o Meio Ambiente.




domingo, 3 de fevereiro de 2013

Fiscalizações severas em casas noturnas

A tragédia em Santa Maria que matou mais de 230 pessoas em um incêndio na Boate Kiss chocou e sensibilizou pessoas do mundo inteiro. E levantou questionamentos quanto ao funcionamento e às leis que regulam casas noturnas de todo o Brasil. Como consequência, as administrações de várias capitais dos estados anunciaram medidas para apertar o cerco a esses estabelecimentos comerciais e, assim, evitar que o incidente se repita. 

Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad determinou que a secretaria de Licenciamentos confronte a legislação pertinente aos chamados locais de reunião para mais de 500 pessoas e o sistema de fiscalização do Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru). No ano passado, cerca de 500 imóveis para esse tipo de funcionamento foram licenciados no município.

Principal bairro da boêmia de Porto Alegre (RS), a Cidade Baixa foi a região da cidade escolhida para a primeira ação da força-tarefa constituída para incrementar a fiscalização de casas noturnas e de entretenimento. Desde janeiro de 2005, está em vigor resolução municipal que proíbe o uso de artigos pirotécnicos, fogos de artifício e produtos similares em casas noturnas e casas de espetáculos no município. Hoje, uma força tarefa faz vistoria de caráter emergencial, com prioridade para as casas maiores e aquelas que podem oferecer maior potencial de risco.

Na capital de Santa Catarina, a prefeitura será parceira do Ministério Público do Estado na fiscalização do cumprimento de normas de segurança e prevenção a incêndios das casas noturnas da cidade. Um dia após a tragédia, o promotor de Justiça da coordenadoria de Direitos Humanos, Daniel Paladino, anunciou a instauração de um inquérito civil público para investigar o funcionamento de todas as casas noturnas de Florianópolis. O prefeito Cesar Souza Júnior também determinou que seja intensificada a fiscalização nos estabelecimentos, a começar pelas que possuem maior capacidade de público. Foi solicitado ainda um estudo na legislação municipal que trata sobre o tema para verificar se ela está de acordo com as mais modernas normas de segurança.

A fiscalização ficará mais rígida com relação a ambientes físicos, saídas de emergência, prevenção e combate a incêndios e lotação máxima permitida de casas noturnas, bares e restaurantes de Curitiba (PR). A cidade tem em torno de 15 mil estabelecimentos comerciais, dos quais 8 mil estão regulares segundo a prefeitura, que ressalta também que há imóveis que funcionam com liminares e mandados de seguranças. A intenção é criar uma comissão municipal para estudar melhorias na liberação de alvarás de funcionamento e reativar o fortalecimento da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu), que congrega membros dos diversos órgãos da cidade envolvidos na fiscalização de estabelecimentos comerciais.

Como sempre no Brasil, as medidas de segurança só ocorrem quando uma tragédia acontece. Esperamos que essas fiscalizações mais severas  sejam feitas sempre, em todo o Brasil, e não só agora por estar na mídia a tragédia em Santa Maria. 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Prevenção Eficaz

Um dos assuntos da moda é falar sobre eficiência e eficácia. De nossa parte torcemos para que o modismo sirva para que as pessoas entendam a importância de assimilar e por em prática estes conceitos e muito especialmente a relação viva entre os dois - afinal de contas é para isso que servem as idéias e as teorias e os profissionais não devem ficar alheios ao benefícios que algumas delas podem trazer – embora todos saibamos que algumas delas não são mais do que novos sócios do velho clube dos invencionismos que assim como surgem do nada logo desaparecem na mesma direção.

No caso especifico da questão eficiência e eficácia para nossa área este entendimento é essencial e muitos de nossos colegas deveriam analisar com imparcialidade “a quantas anda” em sua atividade profissional e especialmente nas organizações onde atuam. Isso as vezes fica meio esquecido quando trabalhamos em uma área que tem por detrás uma norma que garante a existência do profissional – mas lembrem que a existência daquela vaga não quer dizer que ela seja sua para sempre. As estruturas das organizações estão cada vez mais enxutas e com certeza as pessoas que “consegue resultados” vão ganhando espaços.

Há algum tempo ser chamando de eficiente era o máximo dos elogios. Ser eficiente é ter a capacidade de fazer certo e bem feito. Então alguém que é capaz de cumprir as formalidades é eficiente. Assim um prevencionista que é capaz de fazer um programa de segurança dentro dos parâmetros da norma é um profissional eficiente. De uns tempos para cá não basta mais ser eficiente é preciso ser também ser eficaz. 

Ser eficaz e ter a capacidade de usar a eficiência para cumprir a missão. Não basta então apenas SABER FAZER – ser eficiente – é preciso alcançar a missão – ser eficaz. Não basta ser bom chute, tem que fazer gol.

Resumindo - Eficiência é fazer alguma coisa certa, correta, sem muitos erros. Eficácia é fazer algum trabalho que atinja plenamente um resultado que se espera. É fazer "a coisa certa" , ou seja , a coisa que leveao resultado almejado.

E ai começa o problema – não só de nossa área como de muitas outras. 
A primeira parte dele diz respeito a não sabermos com clareza qual a nossa missão. Isso precisa ser bem entendido dentro da organização. Há muita confusão sobre este assunto. Isso leva que se gaste muita energia com pouca direção e geralmente está por detrás das relações onde os SESMT tem certeza que trabalham muito e ao mesmo tempo tem pouco reconhecimento.

E é muito interessante escrever sobre isso ainda mais por sabermos que em cada organização se espera do SESMT posicionamentos e ações diferentes, algo que venha se ajustar a cultura daquela empresa e por isso seja mais útil. E preciso ser eficiente na direção certa – com uma direção definida =- eis ai um bom começo para a eficácia.

Um exemplo muito interessante para esclarecer o assunto diz respeito a perfuração de um poço artesiano. Eficiência é cavar com perfeição técnica, eficácia é encontrar água. E não é difícil estender este entendimento para a realidade de nossa área onde a eficiência pode estar associada ao cumprimento da legislação mas a eficácia aos resultados práticos que este cumprimente deve obter. Isso na pratica quer dizer que boa parte de nossa gente fica mais atenta a ser simplesmente eficiente esquecendo que isso deve gerar resultados. Em tempos atuais não gerar resultados práticos é algo que pode ser fator decisivo para que alguém tão eficiente quanto você venha substitui-lo levando em conta a necessidade da eficácia.

Bons programas de segurança, procedimentos bem escritos e práticos, inspeções de segurança bem ajustadas entre outras coisas demonstram a eficiência do profissional – mas se não se capazes de atingir os resultados aos quais se propõem certamente estão muito distantes de serem eficazes. Fica claro que olhar para os RESULTADOS faz então parte da conduta da área ou do profissional que deseja estar inserido no conceito de eficaz. E este olhar para o resultado passa distante de apenas buscarmos culpados “externos” – antes – passa pela reflexão bastante detalhada da qualidade do que fazemos, da forma com que fazemos – e especialmente se isso tudo é compatível com aquilo que esperam de nosso trabalho.

Para as organizações o que interessa na verdade são profissionais que sejam capazes de a partir de sua eficiência garantir a eficácia e isso pode querer dizer muitas coisas já que nem sempre os “eficientes” programas permitem chegar a eficácia. Por isso cabe aqui a pergunta principal: sua eficiência tem cooperado para a eficácia ? 

Pouca gente se dá a este trabalho de questionar e se trancam dentro e a partir de velhos conceitos e alguns até dizem que sempre foi assim e não há nada a ser mudado. Parecem esquecer que mesmo que em velocidades diferentes tudo tende e evolução e que diante desta realidade devemos estar prontos e mais do que isso aptos e preparados para fazer frente as novas necessidades. No caso especifico da área de prevenção os erros conceituais do passado – entre eles a postura do SESMT dono da prevenção – perde espaço rapidamente para o SESMT que seja capaz de planejar a prevenção a partir de todos os gestores. De uma forma bem rude é preciso entender que o profissional que antes usava o apito para interromper o trabalho inseguro deveria hoje saber planejar o uso do apito pelas outras áreas, ate porque embora o “método do apito” se e algum momento foi eficiente – com certa raras vezes foi de fato eficaz.

Os modelos mudaram e estão mudando – e isso ocorre porque as organizações começam a buscar na eficácia um caminho para a sobrevivência.

Use sua eficiência para pensar em eficácia. Dedique um tempo para entender qual a sua missão e trabalhar para ir na direção dela. 

O que você faz vai ser muito importante se for capaz de alcançar os resultados esperados.

Cosmo Palasio de Moraes Jr.
Técnico de Segurança do Trabalho