sexta-feira, 29 de março de 2013

LER/DORT

LER/DORT, sigla para Lesões por Esforços Repetitivos (LER), ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) é uma doença ocupacional responsável pela maioria dos afastamentos em empresas do país. Em entrevista com a médica, pesquisadora da Fundacentro e co-autora do Protocolo de LER do Ministério da Saúde, Maria Maeno, fala sobre essa síndrome: 

Dra. Maria Maeno - Sempre é melhor prevenir qualquer doença. Mas se não conseguirmos prevenir a ocorrência de uma doença, temos que nos esforçar para prevenir agravamentos e repercussões sobre a vida da pessoa, seja no aspecto pessoal seja no aspecto profissional.

Quais são os profissionais com maior risco de ter a doença?

Um estudo da Previdência Social concluiu que centenas de ramos econômicos são relacionados com os transtornos musculoesqueléticos, dentre os quais as LER/DORT. Esse estudo resultou numa decisão importante da Previdência Social, que por meio de uma mudança legal, acrescentou o critério epidemiológico para estabelecer o nexo causal entre um adoecimento e o trabalho. Essa mudança, em vigor desde 2007, teve um papel importante para diminuir a subnotificação das doenças ocupacionais. Muitos estudos envolvem bancários, caixas, operadores de teleatendimento, montadores, embaladores, profissionais de saúde, professores, etc.

Quais são os principais sintomas?

Os sintomas são dor, formigamento, dormência, choque, fadiga. Inicialmente aparecem esporadicamente durante a jornada de trabalho, depois duram toda a jornada, depois invadem os momentos de lazer e repouso, finais de semana, férias, até se tornarem crônicos.

E o que o trabalhador deve fazer ao perceber que está com alguns desses sintomas?

Os trabalhadores com sintomas devem procurar os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e também os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador de sua região, que poderão orientá-los quanto à rede de tratamento. Em todas as regiões do país há um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador.

Como o Brasil encara atualmente a LER/DORT? Há uma conscientização da sociedade?

Eu pergunto: como a sociedade vê as doenças relacionadas ao trabalho? Algumas convicções são muito fortes na população e são fomentadas por determinados segmentos sociais. Uma delas é a de que quem quer ter saúde tem. Daí, as campanhas para a alimentação balanceada, para os exercícios físicos. Não hã divergências sobre os benefícios de uma alimentação balanceada. A questão é: como é que a maioria população pode ter acesso a essa alimentação balanceada? O mesmo digo para os exercícios físicos. É preciso também que as pessoas tenham acesso efetivo. No mundo do trabalho não se tem autonomia para trabalhar num ritmo adequado, ou de maneira diferente, além dos trabalhadores serem pressionados para atingir metas inalcançáveis. Portanto, o poder de não adoecer não está nas mãos do trabalhador e sim nas da empresa. Outra convicção forte é a de que algumas doenças são inerentes a determinadas funções e isso não deveria ser aceito pela sociedade

E a outra convicção é a de que, sendo informado ou capacitado ou treinado, pode-se evitar as doenças. Os trabalhadores podem ser informados e capacitados, mas as exigências do trabalho acabam fazendo-o adoecer. Assim, o objeto das ações do poder público deve ser o das condições e da organização do trabalho e não na capacidade individual de resistir ao adoecimento.

O Ministério da Saúde determinou que 11 agravos ocupacionais são de notificação compulsória ao Sistema de Informação dos Agravos de Notificação (SINAN), assim como outras tradicionalmente notificadas: sarampo, tétano, coqueluche, meningite, etc. Para isso publicou protocolos de diagnóstico e notificação. A Fundacentro fez um vídeo que informa sobre procedimentos para notificação ao SINAN, que ficará no portal da instituição. O Ministério do Trabalho e Emprego publicou normas referentes aos caixas e teleatendimento. Essas são algumas das ações positivas do poder público. 

Fonte: Blog do Trabalho

Projetos para acesso a água potável no mundo.


Em 1993, a Assembleia Geral das Nações Unidas definiu o dia 22 de março como o Dia Mundial da Água. Desde então, a data é um estímulo à realização de atividades concretas em diversos países, com o objetivo de difundir a importância desse recurso e as formas de conservá-lo.
Este ano, a ONU-Água encarregou a UNESCO de organizar os preparativos para a data, cujo tema deste ano é “Cooperação na Esfera da Água”, representando a importância da união entre os países para enfrentar os desafios do aumento da demanda por esse recurso, sua justa distribuição e saneamento.
Em concordância com o tema, listamos abaixo quatro projetos bem-sucedidos, que há vários anos trabalham para fornecer água potável para a populações de regiões carentes.

Fundada em 2008, em Oklahoma, Estados Unidos, essa instituição visa facilitar o acesso à água potável em zonas de risco e regiões empobrecidas por meio de uma tecnologia de baixa complexidade e custo. Ela consiste em uma bomba manual de extração de água que é instalada em poços artesanais, denominada Access 1.2 (uma referência ao número de pessoas – 1,2 milhão – que não têm acesso à água potável no mundo).
A Water4 também transfere o conhecimento, ensinando a população local a usar, fabricar e instalar as bombas com materiais que fácil obtenção. Dessa maneira, é possível melhorar a qualidade da água, aumentar a autonomia e ainda gerar uma fonte de renda para a população da região assistida.
Desde sua criação, a Water4 já ajudou mais de 150 mil pessoas em 30 países, como Haiti, Serra Leoa, Uganda, Nicarágua e Ruanda. Para continuar com o trabalho, a instituição aceita contribuições particulares.

Charity:Water
Esta organização sem fins lucrativos se propõe a levar água limpa a regiões carentes localizadas em países subdesenvolvidos. Para isso, criou uma série de tecnologias que são adaptadas às necessidades locais. Por exemplo, em regiões onde não existe água subterrânea, a Charity:Water ajuda a instalar sistemas de coleta de água da chuva e filtros biológicos de areia; já nos locais onde o lençol freático está perto da superfície, voluntários escavam poços manualmente para viabilizar o acesso à água.
A Charity:Water sustenta seu trabalho com contribuições públicas de diversas fontes: doações diretas, patrocínio de projetos em comunidades, escolas ou centros de saúde, e venda de produtos.
Outra iniciativa engenhosa é sugerir aos apoiadores que renunciem a seus presentes de aniversário, pedindo em seu lugar que amigos e parentes doem uma pequena quantia para a Charity: Water. Em 2011, a ação ganhou visibilidade com a participação do astro pop Justin Bieber.

Water.org

A missão da ONG fundada pelo ator Matt Damon e por Gary White é levar água potável a centenas de comunidades na África, Ásia, América do Sul e América Central, facilitando o acesso e o saneamento básico em regiões carentes.
A Water.org trabalha com parceiros locais para oferecer soluções inovadoras de acordo com as necessidades de cada comunidade. Assim como a Water4, um de seus fundamentos é transmitir conhecimentos. Por esse motivo, a tecnologia aplicada em uma comunidade específica é definida meio de um estudo, que indica a melhor opção; a manutenção de longo prazo é realizada pela população local.
A ONG implementa diferentes projetos em todo o mundo, inclusive em países da América Latina, Haiti, El Salvador, Holduras e Guatemala. Todos são sustentados por doações, venda de produtos e apoio de novos membros da equipe.

Energía sin fronteras

Sob o lema “Energia e água para o desenvolvimento”, essa organização espanhola instala sistemas de eletrificação, captação, tratamento e abastecimento de água potável em comunidades rurais isoladas na África Subsaariana, América Central e regiões andinas.
Atualmente, mais de 22 mil pessoas em dez países são beneficiadas por mais de vinte e cinco projetos de fornecimento de água potável e eletricidade, implementados pela ONG desde 2004, em parte graças a doações dos Amigos da Energía Sin Fronteras e ao trabalho de voluntários.
Fonte: TreeHugger Brasil

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